Já tive algumas experiências desde que me tornei mãe há cinco anos. Cada uma diferente da outra, afinal, cada idade reage de um modo e as peculiaridades são diferentes. Vou contar aqui como foi a primeira vez.
Quando Luca fez 11 meses, eu simplesmente não tinha passado mais do que um dia longe dele. Mas, apesar de tanto amor e tanta vontade de estar junto ao meu pequeno, eu estava bem cansada, principalmente depois que voltei a trabalhar. E um tempinho a dois não seria nada mau.
Resolvemos então programar uma viagem de cinco dias pra Buenos Aires, um tipo de segunda lua de mel. À medida em que o dia ia se aproximando, a sensação de que eu estaria abandonando meu filho só aumentava. Racionalmente eu sabia que não era bem assim, que ele estaria seguro, feliz com a avó que cuidava dele tão bem como eu, blá blá blá blá blá blá blá. Mas o coração ficava beeeem apertadinho. Para piorar, ele ainda mamava, então esse seria também um desmame obrigatório.
Ao embarcar no avião me senti péssima! Tive uma crise de choro incontrolável. Aí pensei: "Meu Deus, o que estou fazendo aqui? Essa viagem vai ser horrível!" Pensava também no meu marido, coitado, que teria que me aguentar daquele jeito por cinco dias. Mas ei que surge a grande surpresa para mim mesma, foi só colocar os pés em terras hermanas e tudo passou! A viagem foi ótima, só alegria, pensava muito no pequeno, mas sem dor na consciência, uma saudade gostosa. Ah, quando voltei, ele também voltou a mamar por mais um mês.
Depois dessa, já fiz outras duas viagens mais longas sem ele. Todas deram muito certo (a não ser pelo fato de as babás deixarem minha mãe na mão), mas sempre voltei com a impressão de que poderia ter durado dois dias a menos.
Mas, para ficar mais tranquila, algumas PROVIDÊNCIAS foram e são necessárias:
- ter a certeza de que a criança ficará com alguém que nós, além de confiarmos, sabemos que vai cuidar de tudo como gostaríamos;
- deixá-la sem sintomas de doença (já cancelei uma viagem no mesmo dia por causa disso), a não ser resfriados leves;
- deixar tudo anotado em um caderninho (no meu caso foi na porta da geladeira mesmo): telefone do pediatra, doses dos remédios que toma usualmente para cada situação;
- deixar a geladeira e a despensa bem abastecidas.
- deixar fácil também o telefone de outras pessoas próximas que podem ajudar numa situação de emergência;
- E por fim, claro, telefone e endereço de onde estaremos hospedados.
Agora que tenho dois, estou reprogramando uma viagem sem eles que cancelei no ano passado porque a minha pequenininha havia adoecido. E, adivinhem? Estou achando mais difícil agora. Todo mundo diz que com o segundo filho tudo fica mais fácil, mas engraçado, em relação a deixá-los, não estou achando. Talvez seja porque as variáveis que devemos levar em conta são multiplicadas por dois. Mas, se Deus quiser, ao pisar lá terei a mesma sensação da primeira vez! E voltarei mais feliz e cheia de amor para dar!
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