Semana passada levei meus pequenos para tomar vacina. Além das indicadas no calendário de vacinação, tinha também (por sugestão da pediatra), a nova vacina ANTIMENIGOCÓCICA DO TIPO B - saímos de lá sem que eles a recebem. O motivo principal foi porque Isabela tinha, além dessa, mais três para tomar no mesmo dia. Mas o motivo secundário foi o preço mesmo. Fiquei chocada! Aqui em Recife ela custa R$550,00, ou seja, eu teria que desembolsar R$1.100,00 pelas duas crianças.
Isso me fez refletir um pouco sobre o assunto. Não tenho dúvida de que imunizar é importante e que, graças a Deus, hoje podemos contar com o avanço no desenvolvimento das vacinas! Mas, será que a meningite do tipo B é realmente uma ameaça? E porque ela é tão cara?
Pesquisando sobre o assunto, descobri que a resposta é SIM, ela é uma ameaça. Para quem não sabe, a meningite é uma inflamação nas membranas que revestem o sistema nervoso (meninges). Existem dois tipos da doença: a VIRAL (menos perigosa) e a BACTERIANA com seus subtipos, que é mais grave. A transmissão se dá, principalmente, pela via respiratória. Entre os sintomas, destacam-se febre, vômito e dor de cabeça, podendo também haver rigidez na nuca.
Quanto ao valor, sabemos que quando uma vacina ou uma nova droga é lançada no mercado, é necessário um tempo até que se pague todo o investimento feito em pesquisas. Com o passar do tempo, e depois de abrir para outros laboratórios, a tendência é o preço se tornar mais acessível.
A VACINA
Aqui no Brasil, a forma mais comum da meningite bacteriana é a do tipo C, mas, felizmente, a vacina contra ela já é disponível há muito tempo, tano na rede privada, quanto na pública, assim como contra os tipos A,W e Y. Já a do tipo B, que é fatal em 20% dos casos, também não é nenhuma novidade e nem está havendo alguma epidemia, como alguns acreditam. O que acontece é que o assunto está em evidência pelo fato de a vacina contra a meningite tipo B está disponível, desde maio deste ano, nas clínicas particulares aqui no Brasil. Isso mesmo, gente! Apenas no sistema privado - na rede pública ainda não é aplicada.
Até então, não existia nenhum tipo de imunização contra a doença no país, que já era oferecida na Europa e Estados Unidos. Agora, já podemos contar com ela, porém, o valor de cada dose é altíssimo. O Governo não tem previsão ainda de oferece-la nos postos de saúde. A ideia, pelo que entendi, é aguardar e ter a certeza de sua eficácia antes de fazer um investimento tão alto. Vamos torcer para que não demore!
Ela é indicada a partir dos dois meses até os cinquenta anos de vida. O
esquema vacinal é o seguinte:
- para bebês de 2 a 5 meses de idade, são necessárias 3 doses (com intervalo de 2 meses entre elas), além do reforço entre 12 e 23 meses;
- para crianças entre 6 e 11 meses de idade, o indicado são 2 doses (também com intervalo de 2 meses entre elas) e mais um reforço no segundo ano de vida;
- maiores de 1 ano até 50 anos de idade, a indicação é de 2 doses, sem a necessidade de reforço.
Espero ter ajudado um pouquinho a esclarecer!
Um beijo,
Adri.
Fontes de pesquisa:
drauziovarella.com.br
g1.globo.com/bem-estar
veja.abril.com.br