quarta-feira, 27 de maio de 2015

Minha noite numa UPA

Depois de uma semana inteira trabalhando, finalmente é sexta-feira! E, apesar do trabalho que sei que vou ter em casa com os pequenos, ficar todo mundo junto no ninho é compensador. Mas só que nessa última sexta não foi bem assim.

Ao chegar do trabalho tive uma terrível surpresa. Assim que abro a porta, surge Cleide (nossa ajudante daqui de casa) com um corte enorme e profundo no supercílio, jorrando sangue. O arrepio na minha espinha foi instantâneo. Ela havia acabado de levar uma queda na varanda quando foi fechar a janela por causa da chuva.

Tivemos que sair correndo para o hospital (tem um bem pertinho da minha casa). Os pequenos, que não tinham nem jantado e nem tomado banho, ficaram com o pai e eu fui com ela. O horário era péssimo, bem naquele momento em que a casa é um agito só.

Eu não sabia, mas os hospitais públicos agora não recebem mais pacientes em estado de emergência, tudo agora é nas UPA's (Unidades de Pronto Atendimento). Pensem num sufoco! Procurar uma na hora do rush do trânsito com uma pessoa com a testa aberta não foi nada fácil.

Enfim, conseguimos chegar lá. Como tenho plano de saúde, nunca tinha ido numa UPA antes. A
minha impressão foi até melhor do que eu esperava. Não sei se o fato de ela estar com  a cabeça enfaixada (foi o que fizeram no hospital que fomos anteriormente para ajudar a estancar o sangue) ter chamado um pouco a atenção, fomos atendidas rapidamente. Mas a verdade é que, apesar de ter muita gente para todo lado, o atendimento é organizado. Existe uma triagem identificando o paciente com uma pulseirinha colorida, de acordo com a gravidade. E tudo funcionando direitinho.

Depois de passado o susto, deu até para tirar uma selfie!


Bom, esse episódio me fez pensar como criar um plano de emergência em casa, para situações como essa, quando nossos filhos ficam sozinhos com um adulto apenas. Juntando o que pensei e o que andei pesquisando na internet, criei essa lista que pode ajudar um pouquinho:
  • Primeiramente, ensinar os pequenos o que é uma situação de emergência, e a quem eles devem pedir ajuda.  No caso, por exemplo, de um incêndio, um invasor na casa, ou alguém da família inconsciente - são todos casos do tipo de emergência que merece ser feita uma chamada para o 190.
  • Se a criança não sabe ler direito ainda, é bom observar se o aparelho de telefone da nossa casa tem uma tecla de emergência, algumas marcas possuem esse comando. Assim, podemos gravar o número que consideramos principal e ele só precisa discar uma tecla.
  • No caso de ligar para o 190, o site educacaoinfantil.pro.br orienta explicar a criança que, apesar deles saberem que não se deve dar informações a estranhos, eles podem confiar no operador que vai atender a ligação. Podemos testá-lo também com algumas perguntas que provavelmente o operador faria: "onde você mora", "o que aconteceu", "quem precisa de ajuda", "a pessoa ferida está acordada? Ela consegue respirar?". Outra orientação é ensiná-la a memorizar "um nove zero", ao invés de "cento e noventa".
  • As crianças são muito mais espertas do que a gente pensa, então, mesmo as que não sabem ler ainda são capazes de memorizar um número de telefone. Uma seguidora nossa no Instagram deu a dica de criar uma musiquinha com os números, assim fica mais fácil deles não esquecerem;
  • Para os maiorezinhos, vale deixar uma lista com todos os telefones importantes num lugar fácil, como a porta da geladeira, por exemplo;
  • outra dica boa também, para quem mora em apartamento, é ensiná-los a ligar para a porteiro. Normalmente só basta discar uma tecla também. Nesse caso, não esquecer de deixar o número do celular ou do trabalho na portaria.
Voltando à minha saga aqui, deu tudo certo, graças a Deus! O resultado foram quatro pontos. Voltamos para casa e Cleide ficou bem!






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