imagem: sodahead.com |
Fico sempre em dúvida em relação a essa história de mesada. Não sei direito como agir, em que momento começar e se realmente é importante ter. Quando eu era criança, nunca recebi. Meu pai me dava dinheiro esporadicamente ou quando eu pedia, não sei se isso não me ajudou a ser uma pessoa financeiramente mais organizada. O fato é que, conscientemente, não me fez falta alguma.
Quando meu pequeno completou cinco anos, resolvi introduzir a tal da mesada. O meu objetivo era ensiná-lo a entender o valor monetário das coisas, saber administrar seu próprio dinheiro, além de aprender a contar e reconhecer as moedas e cédulas. Foi um desastre! Primeiro me atrapalhei com o valor estipulado, li em algum lugar que para cada ano da criança corresponderia 1 Real ("ouvi o galo cantar sem saber onde"). Meu marido morreu de rir quando eu disse que estava dando R$1,25 por semana - segundo ele, o resultado do cálculo é para o mês, não para a semana!!!
Bom, mesmo com esse valor irrisório, o pequeno era só alegria quando eu lhe dava as duas moedinhas. Mas tudo isso só durava em média uns dois minutos. Logo depois, já se podia ver as pobres moedas espalhadas por qualquer lugar da casa. Desisti. E ele continua sem noção nenhuma do valor das coisas. Outro dia, ganhou cédulas de brinquedo e jurava que eram de verdade, até me deu "R$50,00" quando reclamei que estava sem dinheiro.
Quase um ano se passou da primeira tentativa e eu estou disposta a começar de novo. Mas será que mesada é uma boa mesmo? Fui pesquisar e olha só o que encontrei:
imagem:economia.uol.com.br |
Esse quadro que achei num site de economia mostra a relação das faixas etárias com a periodicidade da mesada (vi logo que eu estava antecipando a fase do meu pequeno aqui em casa). Esse mesmo site (economia.uol.com.br) explica que através da mesada a criança aprende a lidar com a frustração de querer algo para o qual não tem dinheiro e aprende a esperar e poupar para atingir esse objetivo, sugere ainda que o momento ideal para começar é na faixa dos seis ou sete anos ou quando ela apresenta sinais claros da necessidade contínua de pedir dinheiro aos pais.
A ideia de a periodicidade ser curta no início é porque logo quando começam a receber dinheiro para administrar sozinhos, os pequenos têm dificuldade de pensar a longo prazo.
E o valor?
O valor vai depender, claro, da condição financeira da família, mas o ideal é que o pequeno não receba nem a menor e nem a maior mesada da turminha. Ah, descobri que a regra que mencionei antes de relacionar R$1,00 a cada ano de idade é americana, e não se adequa bem à nossa realidade (por motivos óbvios, né?)
Segundo especialistas, a mesada por si só não ensina nada, deve vir junto a ela a orientação dos pais. Mas é como se fosse um "ensaio" para a vida adulta. Esse dinheiro deve servir para comprar o que a criança quiser e não seja obrigação dos pais, como por exemplo, sorvete, brinquedo, etc. É importante também ensinar para os filhos que eles devem poupar uma parte dela.
Outra observação que achei legal também é em relação a quantia e a data combinadas. Essas devem ser cumpridas rigorosamente, e nada de antecipar uma partezinha!
Bom, por aqui estou pensando em fazer uma nova experiência aos seis anos. Vamos ver se vai dar certo dessa vez. Depois conto aqui!
Um beijo,
Adri.
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