segunda-feira, 8 de junho de 2015

Culpa, culpa, culpa...que mãe não tem?

Alguma mãe aí sem culpa nenhuma? Parece que 'culpa' é sobrenome de mãe, muito mais do que de pai. Nós mulheres estamos sempre tentando abraçar o mundo e como, obviamente, isso é impossível, surgem as frustrações. Seja por não conseguir dedicar o tempo que gostaríamos durante o dia para o filho, seja porque dedicamos todo o tempo para ele e deixamos a carreira profissional de lado, ou ainda por não dar conta de tudo ao mesmo tempo (casa, filhos, marido, a própria saúde, os pais, a beleza...ufa!).

Minha última culpa é bem complexa. Por tanto me preocupar em não dar atenção ao meu filho mais velho quando a mais nova nascesse, arrumei tudo aqui em casa pra não deixá-lo "em segundo plano". Uma das providências que tomei foi, durante a gravidez, ir saindo de cena aos pouquinhos, deixando, por exemplo, com que o pai o colocasse para dormir (já falei sobre isso no post Como preparar o filho único para a chegada do irmãozinho). Mas a principal mesmo foi contratar uma babá para a bebê - o que na primeira vez achei desnecessário; assim, acreditei que ficaria mais livre para o irmão, pois sabia que um recém nascido requer cem por cento de nossa atenção.

Não é que exagerei? De repente me vi dando muita atenção ao mais velho e delegando muitas funções à babá em relação à caçula. Nova culpa: comecei a achar que minha pequenininha não teve tantos cuidados e dedicação como o irmão. Vai entender!


Ah, ainda tem a culpa por querer de vez em quando se divertir ou viajar sem os pequenos. Essa também me persegue. Para me sentir menos culpada, resolvi fazer uma espécie de revezamento: se no sábado à noite saímos para um jantarzinho a dois, no domingo logo trato de fazer uma mega programação para crianças; ou então, se fazemos uma viagenzinha sem eles, a próxima com certeza terá um roteiro infantil.

Mas o bom mesmo é lembrarmos que somos humanas, que a cobrança da sociedade é muita pesada, jamais daríamos conta de tanta expectativa criada para nós, pobres mães. E o que importa mesmo é que quem mais nos interessa tem a certeza do nosso amor, os filhos!

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